segunda-feira, 29 de junho de 2015

A Menina que Roubava Livros

Olá!

Esse é o livro da vez!
Há alguns meses atrás assisti o filme "A menina que roubava livros" e fiquei encantada com a história da Liesel, amei tanto que comprei o livro.
Há muitas coisas do livro, muitos detalhes e acontecimentos que não são abordados no filme, logo quando comecei a lê-lo achei um pouco confuso, (pensei que tinha sido só comigo até que uma amiga que também está lendo me disse a mesma coisa), mas ainda assim continuei a lê, confesso que achei o livro um pouco chato em algumas partes mas me encantei em muitas outras, sorri, chorei e chorei muito no final do livro, fiquei com aquele nó na garganta. Amei o relacionamento da Liesel com o Hans, a ligação dela com o Max, a amizade e o amor com Rudy e até mesmo seus momentos com sua mãe Rosa, ter uma história narrada pela "morte" pra mim foi surpreendente, a forma como tudo foi contado. Muito bom!

Então, leia sim e veja o filme! Tenho certeza que você vai amar essa história da Liesel e seus livros!


SE VOCÊ JÁ LEU, OU NÃO, O LIVRO, DEIXE SEU COMENTÁRIO, OK?





Sinopse:
A menina que roubava livros tem como narradora a Morte, cuja função é recolher a alma de todos aqueles que morrem sem intervalos. Durante a sua passagem pela Alemanha, na Segunda Guerra Mundial, ela encontra a protagonista, Liesel Meminger, numa estação de comboio enquanto o seu irmão mais novo é enterrado próximo ao local. A menina, ao perceber que o coveiro presente deixou um livro, O manual do coveiro,kpk cair na neve, rouba-o e é levada, então, até a cidade fictícia Molching, onde a sua mãe pretende entregá-la a uma família para que a adotem. Na Rua Himmel, reside o casal de classe trabalhista formado por Hans e Rosa Hubermann. Lá, ela convive com os novos responsáveis e vai à escola, assim como faz amizade com o vizinho Rudy Steiner. Como ajudante de sua mãe, começa uma amizade com a mulher do prefeito Ilsa Hermann, embora ela só perceba o tamanho dessa amizade no fim da história.
Ao longo dos quatro anos que viveu com os Hubermann, roubou diversos livros e aprendeu lições com eles. Eles esconderam um judeu, Max, para poder ajudá-lo, devido à uma antiga promessa feita por Hans Hubermann, à sua mãe. Hans Hubermann tenta ajudar outro judeu durante uma caminhada e é advertido pelo soldado alemão que o agride. Max resolve ir embora para a segurança da família que o acolheu.


quinta-feira, 25 de junho de 2015

Sermos melhores





Em uma noite passada minha filha agradeceu a Deus pelos planetas, pelo sol, lua, estrelas... Fico encantada com a pureza das suas orações e como ela consegue, mesmo tão pequena, ir tão profunda em suas palavras. 

O que tenho percebido nesses últimos tempos é como as pessoas são ingratas, com o próximo, com Deus, com tudo e todos. Cobramos de Deus além daquilo que precisamos e fazemos dele o nosso "banco particular", onde a hora que precisamos, achamos que podemos ir e sacar a "nossa" benção.

Muitos acreditam que podem exigir e colocar Deus a prova, como se ele fosse simplesmente fazer tudo aquilo que queremos, agimos como crianças birrentas e teimosas, onde o Pai tem que fazer todas as suas vontades.
Esquecemos que "por Ele e para Ele são todas as coisas" (Rm 11:36) e que "todas as coisas foram feitas nele (Jesus) e sem ele nada do que foi feito se fez.(João 1:3) e que nada nos faltará se o buscarmos em primeiro lugar (Mateus 6:33).

Com essa busca incansável pelas bençãos e coisas deste mundo, esquecemos muitas vezes de simplesmente agradecermos a Deus pelo "pouco" que para muitos é muito e pelo muito que para tantos não é nada.

A verdade é que as pessoas não estão satisfeitas, se elas possuem o melhor, elas querem o melhor do melhor, se elas possuem muito, elas sempre querem muito mais. Vivemos em um tempo de insatisfação, onde a mídia nos influencia a isso, a sempre querer o mais e o melhor, tudo de última geração, comprando já pensando naquele que talvez ainda será lançado.

E aonde fica o amor em tudo isso? O amor muitas vezes fica nas coisas, nas pessoas, nos imóveis...  " Não junteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração." Mat 6:19-21. 
Não que não devamos ter bens, um bom emprego, uma boa casa ou carro, o problema é onde está essas coisas em nossas vidas. Tem tomado o lugar de Deus em nossos corações? Tem sido prioridade?

Onde fica o maior de todos os mandamentos? "E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.
Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo." Mat. 22:37-39.
Quantos tem se levantado para enganar o povo, escandalizar, trair um ao outro. O amor de muitos está se esfriando, devemos perseverar até o fim (Mat.24:10-12) e não devemos nos moldar ao padrão deste mundo, mas sim buscarmos no Senhor renovar as nossas mentes para que possamos experimentar e comprovar da boa, agradável e perfeita vontade do Pai. (Rom.12:2)

Vemos tantos líderes enganando o povo, mentindo, extorquindo e o povo tem perecido por falta de conhecimento (Oséias 4:6), porque não são bem instruídos e por não buscarem as verdade que há nas escrituras, simplesmente acreditam naquilo que é dito a eles. Confiam no homem e esquecem de conhecer o Deus da verdade! "Conhecereis a verdade e a verdade nos libertará." (João 8:32)

Mas Jesus disse: "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas?
E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade." Mt 7.21-23


Muitos querem as bençãos e os milagres mas se esquecem de buscar a Deus verdadeiramente, de buscar na sua essência e de serem íntimos de Deus, Ele que nos criou no mais íntimo do nosso ser e nos teceu ainda nos ventre da nossa mãe. (Sal. 139:13) Ele nos conhece mais do que nós mesmos!

Deus é aquele que nos sonda e nos conhece, percebe os nossos pensamentos e não há lugar que estejamos que não possa nos vê, ele já sabe aquilo que vamos falar antes mesmo da palavra chegar a nossa língua: "Para onde poderia eu escapar do teu Espírito? Para onde poderia fugir da tua presença?
Se eu subir aos céus, lá estás; se eu fizer a minha cama na sepultura, também lá estás.
Se eu subir com as asas da alvorada e morar na extremidade do mar,
mesmo ali a tua mão direita me guiará e me susterá.
Mesmo que eu dissesse que as trevas me encobrirão, e que a luz se tornará noite ao meu redor,
verei que nem as trevas são escuras para ti. A noite brilhará como o dia, pois para ti as trevas são luz. (Sal. 139:7-12) 

Não se engane, daremos conta de tudo aquilo que fizermos, seja de bom ou de ruim, tudo aquilo que plantamos nós colhemos. 

Que possamos abrir os nossos olhos enquanto a mão do Senhor está sobre nós, pois a sua bondade e misericórdia tem estado conosco todos os dias (Sal. 23:6) e a sua misericórdia é causa de não sermos consumidos e se renova a cada amanhecer. (Lam. 3:22,23)

A cada dia Deus nos dá uma nova oportunidade de fazer o que não fizemos ontem, de sermos o que não fomos ontem, de amarmos como não amamos ontem. A cada dia é um novo dia de sermos mais!





terça-feira, 9 de junho de 2015

Médico francês reconstitui a agonia de Jesus (Site A voz de Deus)

Olá pessoa!

Recebi no Zap esse texto, onde um médico reconstitui através do seu conhecimento tudo que Jesus sentiu em sua crucificação, um momento de dor e agonia e quero compartilhar com vocês.
Depois de tudo que ELE fez por mim eu não vou seguí-lo?!


Encontrei a matéria no site A voz de Deus

Vale a pena lê!!

Sou um cirurgião, e dou aulas há algum tempo. Por treze anos vivi em companhia de cadáveres e durante a minha carreira estudei anatomia a fundo.
Posso, portanto escrever sem presunção a respeito de morte como aquela.
Jesus entrou em agonia no Getsemani e seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra. O único evangelista que relata o fato é um médico, Lucas. E o faz com a precisão de um clínico. O suar sangue, ou "hematidrose", é um fenômeno raríssimo. É produzido em condições excepcionais: para provocá-lo é necessário uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção, por um grande medo. O terror, o susto, a angústia terrível de sentir-se carregando todos os pecados dos homens devem ter esmagado Jesus.
 
Image
Tal tensão extrema produz o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas, o sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele, e então escorre por todo o corpo até a terra. Conhecemos a farsa do processo preparado pelo Sinédrio hebraico, o envio de Jesus a Pilatos e o desempate entre o procurador romano e Herodes. Pilatos cede, e então ordena a flagelação de Jesus. Os soldados despojam Jesus e o prendem pelo pulso a uma coluna do pátio. A flagelação se efetua com tiras de couro múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos. Os carrascos devem ter sido dois, um de cada lado, e de diferente estatura. Golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por milhões de microscópicas hemorragias do suor de sangue. A pele se dilacera e se rompe; o sangue espirra. A cada golpe Jesus reage em um sobressalto de dor. As forças se esvaem; um suor frio lhe impregna a fronte, a cabeça gira em uma vertigem de náusea, calafrios lhe correm ao longo das costas. Se não estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia em uma poça de sangue. Depois o escárnio da coroação. Com longos espinhos, mais duros que os de acácia, os algozes entrelaçam uma espécie de capacete e o aplicam sobre a cabeça. Os espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar (os cirurgiões sabem o quanto sangra o couro cabeludo).
Image
Pilatos, depois de ter mostrado aquele homem dilacerado à multidão feroz, o entrega para ser crucificado. Colocam sobre os ombros de Jesus o grande braço horizontal da Cruz; pesa uns cinqüenta quilos. A estaca vertical já está plantada sobre o Calvário. Jesus caminha com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular, cheia de pedregulhos. Os soldados o puxam com as cordas. O percurso é de cerca de 600 metros. Jesus, fatigado, arrasta um pé após o outro, freqüentemente cai sobre os joelhos. E os ombros de Jesus estão cobertos de chagas. Quando ele cai por terra, a viga lhe escapa, escorrega, e lhe esfola o dorso. Sobre o Calvário tem início a crucificação. Os carrascos despojam o condenado, mas a sua túnica está colada nas chagas e tirá-la produz dor atroz. Quem já tirou uma atadura de gaze de uma grande ferida percebe do que se trata. Cada fio de tecido adere à carne viva: ao levarem a túnica, se laceram as terminações nervosas postas em descoberto pelas chagas. Os carrascos dão um puxão violento. Há um risco de toda aquela dor provocar uma síncope, mas ainda não é o fim. O sangue começa a escorrer.
Jesus é deitado de costas, as suas chagas se incrustam de pé e pedregulhos.
Depositam-no sobre o braço horizontal da cruz. Os algozes tomam as medidas.
Com uma broca, é feito um furo na madeira para facilitar a penetração dos pregos. Os carrascos pegam um prego (um longo prego pontudo e quadrado), apoiam-no sobre o pulso de Jesus, com um golpe certeiro de martelo o plantam e o rebatem sobre a madeira. Jesus deve ter contraído o rosto assustadoramente. O nervo mediano foi lesado. Pode-se imaginar aquilo que Jesus deve ter provado; uma dor lancinante, agudíssima, que se difundiu pelos dedos, e espalhou-se pelos ombros, atingindo o cérebro. A dor mais insuportável que um homem pode provar, ou seja, aquela produzida pela lesão dos grandes troncos nervosos: provoca uma síncope e faz perder a consciência. Em Jesus não. O nervo é destruído só em parte: a lesão do tronco nervoso permanece em contato com o prego: quando o corpo for suspenso na cruz, o nervo se esticará fortemente como uma corda de violino esticada sobre a cravelha. A cada solavanco, a cada movimento, vibrará despertando dores dilacerantes. Um suplício que durará três horas. O carrasco e seu ajudante empunham a extremidade da trava; elevam Jesus, colocando-o primeiro sentado e depois em pé; consequentemente fazendo-o tombar para trás, o encostam-se à estaca vertical.
Image
Depois rapidamente encaixam o braço horizontal da cruz sobre a estaca vertical. Os ombros da vítima esfregam dolorosamente sobre a madeira áspera. A ponta cortante da grande coroa de espinhos penetram o crânio. A cabeça de Jesus inclina-se para frente, uma vez que o diâmetro da coroa o impede de apoiar-se na madeira. Cada vez que o mártir levanta a cabeça, recomeçam pontadas agudas de dor. Pregam-lhe os pés. Ao meio-dia Jesus tem sede. Não bebeu desde a tarde anterior. Seu corpo é uma máscara de sangue. A boca está semiaberta e o lábio inferior começa a pender. A garganta, seca, lhe queima, mas ele não pode engolir. Tem sede. Um soldado lhe estende sobre a ponta de uma vara, uma esponja embebida em bebida ácida, em uso entre os militares. Tudo aquilo é uma tortura atroz. Um estranho fenômeno se produz no corpo de Jesus. Os músculos dos braços se enrijecem em uma contração que vai se acentuando: os deltóides, os bíceps esticados e levantados, os dedos, se curvam. É como acontece a alguém ferido de tétano. A isto que os médicos chamam tetania, quando os sintomas se generalizam: os músculos do abdômen se enrijecem em ondas imóveis, em seguida aqueles entre as costelas, os do pescoço, e os respiratórios. A respiração se faz, pouco a pouco mais curta. O ar entra com um sibilo, mas não consegue mais sair. Jesus respira com o ápice dos pulmões. Tem sede de ar: como um asmático em plena crise, seu rosto pálido pouco a pouco setorna vermelho, depois se transforma num violeta purpúreo e enfim em cianítico. Jesus é envolvido pela asfixia. Os pulmões cheios de ar não podem mais se esvaziar. A fronte está impregnada de suor, os olhos saem fora de órbita.Mas o que acontece? Lentamente com um esforço sobre-humano, Jesus toma um ponto de apoio sobre o prego dos pés. Esforça-se a pequenos golpes, se eleva aliviando a tração dos braços. Os músculos do tórax se distendem. A respiração torna-se mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial. Por que este esforço? Porque Jesus quer falar: "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem". Logo em seguida o corpo começa afrouxar-se de novo, e a asfixia recomeça. Foram transmitidas sete frases pronunciadas por ele na cruz: cada vez que quer falar, deverá levar-se tendo como apoio o prego dos pés. Inimaginável! Atraídas pelo sangue que ainda escorre e pelo coagulado, enxames de moscas zunem ao redor do seu corpo, mas ele não pode enxotá-las. Pouco depois o céu escurece, o sol se esconde: de repente a temperatura diminui. Logo serão três da tarde, depois de uma tortura que dura três horas. Todas as suas dores, a sede, as câimbras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos, lhe arrancam um lamento: "Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?". Jesus grita: "Tudo está consumado!". Em seguida num grande brado diz: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito". E morre. Em meu lugar e no seu.

Image

Image

1 João 1:1-10



  1. O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida
  2. (Porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e nos foi manifestada);
  3. O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo.
  4. Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra.
  5. E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele trevas nenhumas.
  6. Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade.
  7. Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.
  8. Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.
  9. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.
  10. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Salmos 24:1-10




  1. Do SENHOR é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam.
  2. Porque ele a fundou sobre os mares, e a firmou sobre os rios.
  3. Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar santo?
  4. Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente.
  5. Este receberá a bênção do Senhor e a justiça do Deus da sua salvação.
  6. Esta é a geração daqueles que buscam, daqueles que buscam a tua face, ó Deus de Jacó. (Selá.)
  7. Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.
  8. Quem é este Rei da Glória? O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na guerra.
  9. Levantai, ó portas, as vossas cabeças, levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.
  10. Quem é este Rei da Glória? O Senhor dos Exércitos, ele é o Rei da Glória. 

segunda-feira, 1 de junho de 2015

A Herdeira - Kiera Cass



O sucesso de "A seleção" da Kiera Cass é estrondante! Eu mesma sou completamente apaixonada, como já disse em outros posts anteriores.
Li "A herdeira" e me apaixonei, lógico, não li tão rápido quanto os livros anteriores, quis lê com mais paciência e mais devagar, já que o próximo livro só no ano que vem, quanta ansiedade.

SE VOCÊ JÁ LEU, OU NÃO, O LIVRO, DEIXE SEU COMENTÁRIO, OK?


Sinope: 

Vinte anos atrás, America Singer participou da Seleção e conquistou o coração do príncipe Maxon. Agora chegou a vez da princesa Eadlyn, filha do casal. Prestes a conhecer os trinta e cinco pretendentes que irão disputar sua mão numa nova Seleção, ela não tem esperanças de viver um conto de fadas como o de seus pais. Mas assim que a competição começa, ela percebe que encontrar seu príncipe encantado talvez não seja tão impossível quanto parecia.


Contem Spoiler! 

A Eadlyn realmente é muito chata, mimada e muitas vezes insuportável, mas aos poucos muita coisa nela vai mudando, surgindo e muitas outras ela vai demonstrando.
Já tenho meu preferido para ser o selecionado, Kile, logo no início eu gostei dele, aquela rixa entre os dois me deu logo uma luz de que algo poderia acontecer, e espero que realmente aconteça. Adorei aqueles beijos, mesmo que o primeiro tenha sido armado.

Mas o final, o final... Aff! O que foi aquilo? Terminei o livro com o coração na mão, louca pra saber o que houve, o que vai acontecer. Espero, espero mesmo, que a Kiera não me decepcione no próximo livro.


Enfim... Quem já lei, sabe o que estou falando, quem ainda não leu, vai aí o primeiro e segundo capítulos que foi disponibilizado pela Kiera e traduzido pela Camila da Fanpage The selection quotes. ( Tradução não oficial)


CAPÍTULO 1

Eu não conseguiria prender a respiração por sete minutos. Não conseguiria sequer chegar a um minuto. Uma vez tentei correr uma milha em sete minutos, depois de ouvir que alguns atletas conseguem em quatro, mas falhei miseravelmente quando uma dor lateral me incapacitou na metade da distância.
Mas tem uma coisa que eu consegui fazer em sete minutos que a maioria das pessoas diria ser muito impressionante: eu me tornei rainha.
Por meros sete minutos eu cheguei ao mundo antes do meu irmão, Ahren, então o trono que deveria ser dele virou meu. Se eu tivesse nascido uma geração antes, não teria feito diferença. Ahren era o homem, então ele teria sido o herdeiro.
Infelizmente, minha mãe e meu pai não aguentariam ver a primogênita perder seu título graças a um inesperado porém gracioso par de seios. Então eles mudaram a lei, o povo comemorou, e eu fui treinada todos os dias para virar a próxima regente de Illéa.
O que eles não entendiam, é que essas tentativas de tornar minha vida mais justa pareciam muito injustas para mim.
Eu tentava não reclamar. Afinal, eu sabia como era sortuda. Porém haviam dias, ou meses em algumas vezes, onde parecia que muito era empilhado sobre mim, muito para qualquer pessoa, de verdade.
Folheei o jornal e vi que havia ocorrido outra manifestação, desta vez em Zuni. Vinte anos atrás, o primeiro ato do meu pai como rei fora dissolver as castas, e o sistema velho foi extinto lentamente. Eu ainda pensava  em como era completamente bizarro que uma vez as pessoas viveram com esses limitantes mas arbitrários rótulos em suas costas. Minha mãe era uma Cinco, meu pai era Um. Não fazia sentido, principalmente quando não havia um sinal externo para as divisões. Como eu saberia se estava andando próxima de um Seis ou um Três? E por que isso até mesmo importava?
Quando meu pai decretou que as castas não existiam mais, todas as pessoas do país ficaram encantadas. Papai esperava que as mudanças que estava fazendo em Illéa estivessem completamente estáveis no curso de uma geração, significando que poderia acontecer a qualquer dia, agora.
Isso não estava acontecendo — e essa nova manifestação era a mais recente de uma série de distúrbios.
— Café, Vossa Alteza — Neena disse, deixando a bebida em minha mesa.
— Obrigada. Você pode levar os pratos.
Eu examinei o artigo. Desta vez um restaurante foi incendiado porque seus donos se recusaram a promover um garçom ao cargo de um chefe. O garçom reivindicava que uma promoção foi prometida mas nunca entregue, e ele tinha certeza de que era por causa do passado de sua família.
Olhando para os restos carbonizados, eu honestamente não sabia de que lado estava. O proprietário tinha o direito de promover ou demitir quem quisesse, e o garçom tinha o direito de não ser visto como algo que, tecnicamente, não existia mais.
Eu afastei o papel e peguei minha bebida. Papai ficaria chateado. Eu tinha certeza de que ele ficava passando e passando o cenário diversas vezes em sua cabeça, pensando em como ajustar tudo corretamente. O problema era que, mesmo se pudéssemos resolver um problema, não poderíamos parar cada mísero caso de discriminação pós-casta. Era muito difícil de monitorar e acontecia com muita frequência.
Eu depositei meu café e me dirigi para o meu closet.
— Neena — chamei —, você sabe onde está o meu vestido cor de ameixa? Aquele com uma faixa?
— Oh, céus! — Ela cerrou os olhos, concentrada, e veio me ajudar.
No grande esquema de coisas, Neena era nova no palácio. Nós apenas estivemos juntas por seis meses, após minha última criada ter ficado doente por duas semanas. Neena era muito sintonizada com as minhas necessidades e muito mais agradável de ter por perto, então eu a mantive.
Neena olhos para o espaço enorme.
— Talvez devêssemos reorganizar.
— Você pode, se encontrar tempo. Este não é um projeto no qual eu esteja interessada.
— Não enquanto eu possa caçar suas roupas por você — ela provocou.
— Exatamente!
Ela levou meu humor na esportiva, rindo enquanto ordenava entre vestidos e calças.
— Gostei do seu cabelo hoje — comentei.
— Obrigada.
Todas as criadas usavam algo na cabeça, mas Neena ainda era criativa com seu cabelo. Algumas vezes alguns cachos negros e espessos molduravam seu rosto, em outras vezes ela retorcia os fios até ficarem aninhados. No momento, havia largas tranças circulando sua cabeça, com o resto de seu cabelo embaixo do chapéu. Eu realmente fiquei feliz por ela encontrar caminhos de trabalhar com seu uniforme, de fazer o seu próprio a cada dia.
— Ah! Está aqui atrás! — Neena puxou para baixo o vestido que ia até o joelho.
— Perfeito! E você sabe onde está o meu blazer cinza? Aquele com as mangas três-quartos?
Ela olhou para mim, o rosto sem expressão.
— Eu definitivamente vou reorganizar.
Eu ri.
— Você procura; eu visto.
Eu vesti minha roupa e escovei meu cabelo, me preparando para outro dia como a futura face da monarquia. A roupa era feminina o bastante para me suavizar mas forte o bastante para ser levada a sério. Era uma linha muito tênue para caminhar, mas eu fazia isso todos os dias.
Olhando para o espelho, conversei com meu reflexo.
— Você é Eadlyn Schreave. Você é a próxima pessoa na fila para administrar este país e será a primeira mulher a fazer isso sozinha. Ninguém — eu disse — é mais poderoso que você.
Papai já estava em seu escritório, a testa franzida enquanto assimilava as notícias. Exceto pelos olhos, eu não era muito parecida com ele. Ou com a mamãe, até onde interessa.
Com meus olhos e cabelo escuros, e uma pitada de um bronzeado que durava o ano todo, eu parecia mais com a minha avó do que com qualquer outro. Uma pintura dela no dia de sua coroação estava pendurada no corredor do quarto andar e eu costumava estudá-lo quando era mais jovem, tentando adivinhar como eu pareceria conforme eu crescia. A idade dela no quadro era próxima da minha agora e, apesar de não sermos idênticas, às vezes eu me sentia como se fosse seu eco.
Eu caminhei através do escritório e beijei a bochecha de meu pai.
— Bom dia.
— Bom dia. Você viu o jornal? — ele perguntou.
— Sim. Ao menos ninguém morreu desta vez.
— Graças a Deus por isso.
Aqueles eram os piores, aqueles onde as pessoas era abandonadas mortas na rua ou desapareciam. Era terrível, ler os nomes de homens que foram espancados por simplesmente mudar suas famílias para uma vizinhança melhor, ou mulheres que eram atacadas por tentar ter um emprego que no passado não poderiam ter.
Em algumas vezes não levava tempo algum para encontrar o motivo e as pessoas por trás desses crimes, no entanto eram muito mais frequentes as vezes em que dedos eram apontados e nenhuma resposta real. Pra mim, era exaustivo de assistir e sabia que era ainda pior para o meu pai.
— Eu não entendo. — Ele retirou seus óculos de leitura e esfregou os olhos. — Eles não queriam mais as castas. Nós levamos nosso tempo, removemos-as lentamente para todos se ajustassem. Agora eles incendeiam as construções.
— Há algum meio de regular isso? Nós poderíamos criar um conselho para supervisionar as queixas?
Olhei para a foto outra vez. No canto, o filho jovem do proprietário do restaurante lamentando ter perdido tudo.
Papai olhou para mim.
— É isso o que você faria?
Sorri.
— Não, eu perguntaria ao meu pai o que ele faria.
Ele suspirou.
— Isso nem sempre será uma opção para você, Eadlyn. Você precisa ser forte, decidida. Como você consertaria esse incidente particular?
Eu considerei.
— Não acho que possamos. Não há como provar que as castas foram o motivo pelo qual a promoção foi negada ao garçom. A única coisa que podemos fazer é iniciar uma investigação para saber quem causou o incêndio. Aquela família perdeu seu sustento hoje, e alguém precisa ser responsável por isso. Um incêndio proposital não é o modo de exigir justiça.
Ele balançou a cabeça para o jornal.
— Acho que está certa. Gostaria de ser capaz de ajudá-los. Mais que isso, precisamos descobrir como prevenir que aconteça outra vez. Isso está se tornando excessivo, Eadlyn, e é assustador.
Papai jogou o papel no lixo, então ficou em pé e andou até a janela. Eu poderia ler o estresse em sua postura. Às vezes seu cargo lhe trazia muita alegria, como visitar as escolas que ele tinha trabalhado incansavelmente para melhorar ou ver as comunidades florescerem da época sem guerra que ele inaugurou. Entretanto, estes momentos diminuíam e se tornavam menos frequentes. Na maioria dos dias ele estava ansioso sobre o estado do país e tinha que fingir sorrisos quando os repórteres vinham, esperanço de que sua sensação de calma pudesse, de algum modo, se espalhar para todos. Mamãe ajudava a arcar com o ônus, porém, no final do dia, o destino do país era colocado diretamente sobre suas costas. Um dia estariam nas minhas.
Vaidosa como era, me preocupava em ganhar fios brancos antes da hora.
— Faça uma nota para mim, Eadlyn. Lembre-me de escrever para o Governador Harpen, em Zuni. Ah, e coloque para escrever para Joshua Harpen, não para o seu pai. Eu vivo me esquecendo de que foi ele quem se candidatou na última eleição.
Eu escrevi suas inscrições em minha elegante letra cursiva, pensando em quão satisfeito ele ficaria quando olhasse para ela mais tarde. Papai tinha o costume de ser chato sobre a minha caligrafia.
Eu estava sorrindo para mim mesma quando voltei a olhar para ele, mas meu sorriso caiu quase imediatamente quando eu o vi esfregando a testa, tentando arduamente pensar em uma solução para esses problemas.
— Pai?
Ele virou e instintivamente endireitou os ombros, como se tivesse que parecer forte até mesmo para mim.
— Por que você acha que isso está acontecendo? Não foi sempre assim?
Ele levantou suas sobrancelhas.
— Certamente não foi — ele disse, quase para si mesmo. —  No começo todos pareceram satisfeitos. A cada vez que removíamos uma casta, as pessoas davam festas. Têm sido apenas nos anos mais recentes, desde que removemos todos os rótulos, que têm decaído.
Ele olhou para fora da janela.
— A única coisa que consigo pensar é que aqueles que cresceram com as castas sabem como isso é melhor. Comparativamente, é mais fácil de casar e trabalhar. As finanças de uma família não são limitadas a uma profissão. Quando se trata de educação, há mais opções. Com certeza é uma melhora. Mas para aqueles que cresceram sem as castas, ainda são opositores… Acho que eles não sabem mais o que fazer.
Ele olhou para mim e deu de ombros.
— Eu preciso de tempo — murmurou. — Preciso de uma maneira de parar por um tempo com essas coisas, ajeitá-las e depois deixá-las continuarem outra vez.
Eu notei o vinco profundo em sua testa.
— Pai, não creio que seja possível.
Ele me encarou e riu com si mesmo.
— Nós já fizemos isso antes. Posso me lembrar…
O foco em seus olhos mudou e pareceu que ele teve uma ideia. Ele olhou para mim por um momento, parecendo me fazer uma pergunta sem palavras.
— Pai.
— Sim.
— Você está bem?
Ele piscou algumas vezes.
— Sim, querida, estou ótimo. Por que você não vai trabalhar naqueles cortes do orçamento? Podemos ver suas ideias esta tarde. Eu preciso conversar com sua mãe.
— Claro.
Matemática não era um talento que me veio naturalmente, então eu tinha que trabalhar duas vezes mais em qualquer proposta de corte no orçamento ou planos financeiros. No entanto, eu absolutamente recusava ter um dos conselheiros do papai nas minhas costas com uma calculadora para limpar minha bagunça. Mesmo que tivesse que ficar acordada a noite inteira, eu sempre fazia questão de que meu trabalho não tivesse erros.
É claro, Ahren era naturalmente bom em matemática, mas nunca era forçado a sentar-se em encontros sobre orçamentos, rezoneamentos ou cuidados com a saúde. Ele saiu impune por sete estúpidos minutos.
Papai afagou meus ombros antes de sair do escritório. Eu levei muito mais tempo do que o usual para me focar nos números. Eu não poderia evitar ser distraída pelo olhar em seu rosto e a certeza evidente de que me envolvia.





CAPÍTULO 2

Após trabalhar no relatório do orçamento por algumas horas, eu decidi que precisava de um intervalo e retirei-me para o meu quarto para ganhar da Neena uma massagem nas mãos. Eu amava esses pequenos momentos de luxo no meu dia. Vestidos feitos na medida certa para mim, sobremesas exóticas simplesmente porque era quinta-feira, e um fornecimento interminável de coisas lindas, eram todas vantagens; e eram facilmente a melhor parte do trabalho.
Meu quarto tinha vista para os jardins; e conforme o dia se deslocava, a luz mudava para um quente cor de mel, que brilhava nos altos muros. Eu foquei no calor e nos dedos deliberados da Neena.
— De qualquer modo, o rosto dele ficou todo estranho. Foi meio como se ele tivesse desaparecido por um minuto.
Eu tentava explicar o afastamento fora do comum do meu pai nesta manhã, mas era difícil de conseguir. Eu nem ao menos sabia se ele encontrou ou não a minha mãe, porque ele não voltou para o escritório.
— Você acha que ele está doente? Ele parece cansado, nesses últimos dias. — As mãos da Neena faziam sua mágica conforme ela falava.
— Talvez —  eu respondi, pensando que o Papai não estava exatamente cansado. — Ele provavelmente só está estressado. E como poderia não estar, com todas as decisões que ele tem que tomar?
— E algum dia essa será você — ela comentou, sua voz em uma mistura de genuína preocupação com uma brincadeira divertida.
— O que significa que você me fará duas vezes mais massagens.
— Eu não sei — ela disse. — Eu acho que em alguns anos eu talvez goste de tentar algo novo.
Eu fiz uma careta.
— O que mais você faria? Não há muitos cargos melhores do que trabalhar no palácio.
Houve uma batida na porta e ela não teve uma chance de responder a pergunta.
Eu fique em pé, colocando meu blazer de volta para parecer mais apresentável e dei um aceno para que Neena deixasse meus visitantes entrar.
— Mãe. Pai. — Eu atravessei o quarto para abraçá-los. — Eu estava prestes a voltar para o escritório.
Mamãe colocou meu cabelo atrás da minha orelha, sorrindo para mim.
—  Eu gosto desta aparência.
Eu andei para trás orgulhosamente, com o vestido em minhas mãos.
— Os braceletes realmente arrasam, você não acha?
Ela riu.
— Excelente atenção ao detalhe.
De vez em quando, minha mãe me deixa escolher joias ou sapatos para ela, mas era raro. Ela não achava tão divertido quanto eu e não dependia dos acessórias para a beleza. Eu gostava de ela ser clássica.
Mamãe virou e tocou no ombro de Neena.
— Você está dispensada — ela disse quietamente.
Neena instantaneamente fez uma cortesia e nos deixou sozinhos.
— Há algo errado? — perguntei.
— Não, meu amor. Nós simplesmente queremos conversar em particular. — Papai estendeu a mão e levou-nos para a mesa. — Nós temos uma oportunidade para conversar com você.
— Oportunidade? Nós vamos viajar? — Eu adorava viajar. — Por favor, me digam que nós vamos finalmente viajar para a praia. Poderia ser apenas nós seis?
Mesmo com três irmãos ocasionalmente indisciplinados, eu amava o tempo que passávamos juntos. Eu sonhei com o Papai finalmente — finalmente! — nos levando para a praia.
—  Não exatamente. Nós não iremos a algum lugar enquanto tivermos visitantes. — Mamãe explicou.
— Ah! Companhia! Quem virá?
Eles trocaram olhares, então Mamãe continuou falando:
— Você sabe que as coisas estão precárias no momento. O povo está inquieto e infeliz e nós não conseguimos encontrar uma maneira de parar com a tensão.
Suspirei.
— Eu sei.
— Nós estamos pensando em um modo de elevar a moral — Papai acrescentou.
Eu me animei. Elevar a moral geralmente envolvia uma celebração. Eu era sempre a favor de uma festa.
— O que vocês têm em mente? — Eu comecei a desenhar um novo vestido em minha cabeça e o excluí quase que instantaneamente. Aquela não era exatamente a atenção que eu precisava no momento.
— Bem — Papai começou — as pessoas respondem melhor com algo positivo em nossa família. Quando sua mãe e eu nos casamos, foi uma das melhores temporadas do país. E você se lembra de como as pessoas deram festas nas ruas quando Osten estava a caminho?
Sorri. Eu tinha oito quando o Osten nasceu e eu nunca vou me esquecer de como as pessoas ficaram animadas logo após o anunciamento. Eu escutei a música tocando da minha cama até quase o amanhecer.
— Aquilo foi maravilhoso.
— Foi. E agora as pessoas olham para você. Não vai demorar muito para você ser a rainha — Papai deu uma pausa. — Nós pensamos que talvez você estaria disposta a fazer algo publicamente, algo que seria animador para as pessoas mas que também traria muitos benefícios para você.
Eu estreitei meus olhos, sem saber onde isso terminaria.
— Estou escutando.
Mamãe limpou a garganta.
— Você sabe que no passado as princesas se casavam com príncipes de outros países para estabilizar as nossas relações internacionais.
— Eu ouvi você usar o termo no passado, estou correta?
Ela riu, mas eu não achei graça.
— Sim.
— Ótimo, porque o príncipe Nathaniel parece um zumbi, o príncipe Hector dança como um zumbi, e se o príncipe da Federação Alemã não aprender a adotar a higiene pessoal até a festa de Natal, ele não deve ser convidado.
Mamãe esfregou a lateral de seu rosto em frustração.
— Eadlyn, você sempre foi tão exigente!
Papai deu de ombros.
— Talvez isso não seja algo ruim. — Mamãe olhou fixamente para o Papai enquanto ele dava de ombros.
Eu franzi as sobrancelhas.
— Do que é que vocês estão falando?
Eles trocaram olhares outra vez, claramente com dificuldades em chegar ao ponto.
— Você sabe como sua mãe e eu nos conhecemos — Papai começou.
Eu revirei meus olhos.
— Todos conhecem. Vocês dois são praticamente um conto de fadas.
Com essas palavras o olhar dos dois ficou mais suave, e sorrisos atravessaram seus rostos. Seus corpos pareceram inclinarem-se levemente na direção um do outro e Papai mordeu seu lábio olhando para a Mamãe.
— Com licença. Primogênita no recinto, vocês se importam?
Mamãe corou assim que Papai limpou a garganta e continuou:
— O processo da Seleção foi um sucesso para nós. E embora meus pais tenham tido seus problemas, também funcionou para eles. Então… Esperávamos que… — Ele hesitou e encontrou meus olhos.
Eu fui lenta para entender suas dicas. Eu sabia o que a Seleção era, mas nunca, nem uma vez, foi sugerida como uma opção para qualquer um de nós, e muito menos para mim.
— Não.
Mamãe levantou as mãos, advertindo-me.
— Apenas ouça…
— Uma Seleção? — explodi. — Isso é insano!
— Eadlyn, você está sendo irracional.
Eu olhei para ela.
— Você prometeu, prometeu!, que nunca me forçaria a me casar com alguém por causa de uma aliança. Como isso pode ser melhor?
— Ouça-nos — ela incitou.
— Não! — gritei. — Eu não farei isso.
— Acalme-se, amor.
— Não fale comigo desta forma, não sou uma criança.
Mamãe suspirou.
— Você está certamente agindo como uma.
— Você está arruinando a minha vida! — Corri meus dedos pelo meu cabelo e respirei diversas vezes, esperando que me ajudasse a pensar. Isso não poderia acontecer. Não comigo.
— É uma gigantesca oportunidade — Papai insistiu.
— Vocês estão tentando me algemar a um estranho!
— Eu disse que ela seria teimosa — Mamãe murmurou ao Papai.
— Me pergunto de onde isso veio — ele atirou de volta com um sorriso.
— Não falem de mim como se eu não estivesse aqui!
— Sinto muito. — Papai disse — Nós apenas precisamos que você considere isso.
— E o Ahren? Ele pode fazer isso?
— Ahren não será o futuro rei. Além do mais, a essa altura nós sabemos que ele vai governar na França ao lado de Camille.
A princesa Camille era a herdeira do trono da França e alguns anos atrás ela conseguiu fincar todas as suas presas no coração de Ahren.
— Então façam-os se casar! — implorei.
— Camille será rainha quando chegar a vez dela e ela, como você, terá que pedir o parceiro em casamento. Se fosse uma decisão do Ahren, ele consideraria; mas não é.
— E o Kaden? Ele não pode fazer isso por vocês?
Mamãe gargalhou sem humor.
— Ele tem catorze anos! Nós não temos esse tipo de tempo. As pessoas precisam de algo para se animarem agora. — Ela estreitou os olhos para mim. — E, honestamente, não está na hora de você procurar alguém para governar ao seu lado?
Papai assentiu.
— É verdade. Não é um cargo que eu teria gostado de administrar sozinho.
— Mas eu não quero me casar — implorei. — Por favor, não me obriguem a fazer isso. Tenho apenas dezoito anos!
— Que é a idade com que eu casei com seu pai — Mamãe determinou.
— Não estou pronta — insisti. — Eu não quero um marido. Por favor, não me façam fazer isso.
Mamãe atravessou a mesa e colocou a mão sobre a minha.
— Ninguém faria nada por você. Você faria algo por seu povo. Você daria um presente a eles.
— Vocês diz fingir um sorriso quando eu preferiria chorar?
Ela fez uma carranca fugaz para mim.
— Isso sempre foi parte do seu dever.
Eu a encarei, silenciosamente pedindo por uma resposta melhor.
— Eadlyn, por que você não pega um tempo para pensar sobre? — Papai disse calmamente. — Eu sei que isso é algo grande que estamos pedindo a você.
— Isso significa que eu tenho escolha?
Papai inspirou profundamente, considerando.
— Bem, amor, você realmente terá trinta e cinco opções.
Eu saltei de minha cadeira, apontando para a porta.
— Saiam daqui! — pedi. — Saiam! Daqui!
Sem dizer uma palavra, eles saíram do quarto.
Eles não sabiam quem eu era, para o que haviam me treinado? Eu era Eadlyn Schreave. Ninguém era mais poderoso do que eu.
Então se eles pensavam que eu cairia sem lutar, estavam redondamente enganados.